Cancro do colo do útero

Cancro do colo do útero

O que é o colo do útero?

É a extremidade inferior do útero, que liga o corpo do útero à vagina. Sofre alterações ao longo da vida da mulher, nomeadamente na puberdade, durante o parto ou na menopausa. 
A área que une a região externa do colo do útero (exoloco) e a porção interna (endocolo) é muito sensível e é aqui que se iniciam a maior parte dos cancros do colo do útero.

 

O que causa o cancro do colo do útero?

Ao contrário de muitos outros cancros, a origem do cancro do colo do útero não é hereditária.
Em 99% dos casos é causado por um vírus, o Papilomavírus Humano (HPV).
Alguns tipos des vírus são capazes de “transformar” as células do colo do útero, provocando lesões, que em alguns casos progridem para lesões cancerosas.
Estra progressão acontece apenas num número reduzido de casos e desenvolve-se ao longo de vários anos.

 

O que é o Papilomavírus Humano (HPV)?

Na verdade, existem mais de 100 tipos de Papilomavírus Humano.
Os Papilomavírus cutâneos são responsáveis pelas verrugas cutâneas, enquanto que os Papilomavírus das mucosas colonizam preferencialmente as membranas mucosas. Se entrarem em contacto com os órgãos genitais, os Papilomavírus podem causar várias patologias, entre as quais o cancro do colo do útero.

 

Quem pode ser afetado por este cancro?

Todas as mulheres podem ser afetadas. 
40% de todos os casos de cancro do colo do útero são diagnosticados em mulheres com idades entre os 35 e os 54 anos. No entanto, foi demonstrado que a maioria das mulheres contrai o Papilomavírus na adolescência ou início da idade adulta.
Cerca de 70% das mulheres e homens entrarão em contacto com o Papilomavírus durante as suas vidas. Este vírus é muito comum, é transmitido por simples contacto sexual de uma pessoa para a outra (o uso de preservativo não garante proteção total, mas reduz o risco de contágio).
Felizmente, a maioria das pessoas infetadas com o vírus não desenvolverão cancro porque, em 90% dos casos, o Papilomavírus é eliminado naturalmente.

 

Quais os fatores que podem aumentar o risco?

  • Ter o sistema imunitário enfraquecido (SIDA ou sob medicação inibidora do sistema imunitário);
  • Idade: o cancro do colo do útero ocorre com maior frequência a partir dos 40 anos de idade;
  • História sexual: muitos parceiros sexuais apresentam risco aumentado de infeção por HPV;
  • Tomar a pílula durante longos períodos de tempo;
  • Ter muitos filhos;
  • Tabagismo.

 

Como se pode proteger contra o Papilomavírus?

O rastreio é essencial porque detecta alterações nas células numa fase precoce, evitando a progressão para lesões cancerosas. No entanto, o rastreio não protege contra a infecção por Papilomavírus. 
Actualmente, podemos previnir o aparecimento dos cancros relacionados com o Papilomavírus através da vacinação.
O rastreio continua, contudo, a ser necessário para vigiar o aparecimento de alterações celulares. A combinação do rastreio e da vacinação deverão maximizar a eficácia no combate ao cancro do colo do útero

 

Quando deve ser feita a vacinação?

Uma vez que a infeção pelo vírus é mais frequente no início da vida sexual, a vacinação deverá ser feita de preferência em pré-adolescentes e adolescentes.

No entanto, a vacinação de mulheres jovens já exposta a um tipo de vírus permitirá a sua proteção contra tipos de Papilomavírus com os quais não tiveram contacto.

Contacte o seu médico para mais informação!

 

Como se pode diagnosticar o Cancro do colo do útero?

Como o cancro do colo do útero pode afetar todas as mulheres, o seu rastreio sistemático através de citologias regulares está implementado em muitos países. 
A citologia (Papanicolau) consiste na recolha de uma amostra de células do colo do útero para consequente pesquisa de células com alterações, mas não deteta o vírus. As anomalias cervicais causadas pelo Papilomavírus, que em geral não causam quaisquer sintomas na mulher, podem ser desta forma detetadas.
A maioria das lesões regredirá naturalmente. Dependendo do grau das lesões identificadas, o seu médico poderá optar por não intervir, mantendo sob vigilância o seu desenvolvimento natural, ou por removê-las com tratamentos específicos.

Assista aqui ao vídeo explicativo, realizado pelo nosso parceiro de Anatomia Patológica IMP Diagnostics para os nossos laboratórios.

 

Quais os tratamentos para estas doenças?

Não há nenhum tratamento que elimine o vírus.
Numa situação de cancro, os tratamentos são sempre longos e difíceis. Quer estejam envolvidos o colo do útero, a vagina ou a vulva (o cancro das duas últimas é o mais raro), se houver lesões cancerosas, o tecido com alterações é removido através de intervenção cirúrgica.
Os tratamentos para condilomas genitais consistem na remoção das lesões (por pequena cirurgia ou queimadura) e pelo uso de fármacos específicos. O tratamento da lesão é eficaz a curto prazo, mas pode ser doloroso e são comuns as situações de reaparecimento da doença.

 

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